segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Podcast Música na Liturgia


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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

AT 2.2 – Web 2.0 e a Educação
Camila, Elias, Fernando, Michele, Pedro, Wilson
Aguardan
O que é web 2.0?
A Web 2.0 foi criada em 2004 pela empresa americana O'Reilly Media. Trata-se de um termo inventado para representar uma segunda geração de comunidades e serviços oferecidos na internet, fundamentada em aplicativos baseados em redes sociais.
O objetivo da Web 2.0 é deixar o espaço online mais dinâmico e fazendo com que os usuários colaborem para a criação e organização do conteúdo.
Baseado nesse conceito, viu-se a proliferação de páginas de relacionamentos sociais, vídeos, wikis, blogs, todos criados com a participação efetiva do usuário.
A Web 2.0 tornou mais ágil o uso de diversos aplicativos, sendo esse um fator responsável pelo aumento significativo no conteúdo existente na Internet.
Os novos paradigmas da presença tecnológica influenciam toda a sociedade, se vivencia a era do conhecimento e a globalização, onde a convergência de métodos e meios de comunicação vem afetando o dia a dia dos profissionais como um todo. A Web 2.0 de 2004, passou a designar uma nova tendência comportamental frente aos recursos tecnológicos. Dentre as várias possibilidades de definição, Ferreira e Bastos esclarece a Web 2.0 como sendo: "uma plataforma que comunica e partilha conteúdos e serviços, potenciando uma verdadeira arquitetura participada, onde os conteúdos, postados por cada um de nós, encontram seu espaço na rede e obtêm a divulgação adequada. Representa um novo paradigma onde a colaboração ganha força suficiente para concorrer com os meios tradicionais de geração de conteúdo. [...] refere-se a uma suposta segunda geração de serviços da internet". (FERREIRA; BASTOS, 2006).
Essa tendência comportamental tem causado um impacto enorme na sociedade e pode ser implementada de maneira eficaz na educação. Os professores, como força de mudança na escola, também devem estar preparados para acompanhar essa mudança de interação e colaboração. Muitos são os estudos que demonstram a utilidade e as vantagens que a Web 2.0 oferece para o processo de ensino e aprendizagem.
Os alunos de hoje apresentam uma grande afinidade com o ambiente da Web 2.0, o que a transforma em um fator de motivação adicional, a qual a escola não pode deixar de lado. Logicamente, somente a inserção das novas tecnologias de informação e comunicação na sala de aula não se torna o suficiente. É fundamental que os envolvidos no ambiente educacional planejem suas atividades pedagógicas de modo que a Web 2.0 se torne uma ferramenta cognitiva promotora do sucesso educativo.
Com todas estas possibilidades de interação, a divulgação de coisas que seriam, por exemplo, da cultura popular e que, portanto, teriam a necessidade de ser presenciais para serem conhecidas, podem se tornar rapidamente divulgadas a um clique, e isso pode ser multiplicado pelo compartilhamento nas redes sociais e nos blogs. É possível se criar toda uma rede de assuntos afins e muitas outras coisas que a necessidade e a criatividade possam inspirar.
Dentre as várias possibilidades de aplicação da Web 2.0 na educação podemos destacar as seguintes ferramentas, conforme VANDRESSEN (2011) destaca:
Podcast: trata-se de um arquivo de áudio que pode ser utilizado para disseminação de informações de forma rápida, segura e gratuita publicado por meio do “podcasting” na internet. É possível produzir um repertório musical e deixar disponível para audição dos alunos em um blog.
Webcast: oportuniza a criação de material de apoio de forma colaborativa entre professores e alunos. É possível criar uma composição musical, uma célula rítmica, um jogo musical, etc.
Ferramentas online: São diversas as possibilidades, conforme segue:
Voki: permite a criação de um “avatar” com as características pessoais do usuário, possibilitando a gravação de voz e envio de upload. 
Wiki: possibilita a escrita colaborativa, assim como a construção de um site de forma colaborativa também.
Toondoo: ferramenta utilizada para criar histórias em quadrinhos. Para a educação infantil é ideal para contar histórias que facilite a introdução de elementos musicais.
Tikatok: muito utilizado para confecção de livros virtuais.
Slideshare: utilizado para compartilhar apresentações na rede.
Flickr: muito utilizado para compartilhar imagens.

Essas são apenas algumas das infinidades de ferramentas que a Web 2.0 nos oferece e que podem ser aproveitadas na prática pedagógica, porém, temos um grande entrave diante das facilidades da prática pedagógica frente a Web 2.0: o desconhecimento destes profissionais nestas inúmeras tecnologias. Contar com a contribuição do coletivo em uma construção de um conhecimento oferece muitas vantagens em vários aspectos, as quais podemos citar o alcance numérico de usuários bem como a rapidez da troca de informações, sem barreiras de distância e tempo. Mas para que isso aconteça efetivamente os professores, mais do que nunca, precisam buscar uma reciclagem e atualizações acerca do que a Web 2.0 pode oferecer. Segundo Morin (2000, p.10):
“Esse fenômeno que estamos vivendo hoje, em que tudo está conectado, é um outro aspecto que o ensino ainda não tocou, assim como o planeta e seus problemas, a aceleração histórica, a quantidade de informação que não conseguimos processar e organizar. ”
A tecnologia tornou-se um recurso favorável que ampliou possibilidades no mercado de trabalho, sendo um desafio para muitos, em especial, para os educadores, principalmente com relação ao modo de utilização da mesma e de que forma torná-la aliada em sua atuação. Ser professor e transmitir algo em específico, mas, além disso, também saber compreender e aprender com seus discentes, sendo uma ponte entre o aluno e o mundo, este que a cada dia muda rapidamente. Novas tecnologias e informações surgem e o educador que pretende tornar seus alunos capazes de entender e usar tais informações encontra-se num dilema entre a metodologia e a tecnologia, como inseri-la da melhor forma no ambiente de sala de aula, tornando-a favorável ao aprendizado. Uma pesquisa feita em escolas de ensino público na região metropolitana de Curitiba evidenciou o desconhecimento da grande maioria dos professores sobre a terminologia "Web 2.0". A pesquisa contou com uma amostra de 157 professores, de forma online, sendo que apenas 24% dos entrevistados retornaram a pesquisa. Foi constatado que a maioria também desconhecia que as ferramentas online de construção colaborativa constituem a Web 2.0. Porém, alguns professores já fazem uso destas tecnologias e os que não conhecem gostariam de fazer uso também. [..."o conteúdo digital é um poderoso aliado para o ensino. O grande desafio é trazer essa informação aos educadores que precisam, em muitos casos, vencer sua própria resistência a esse novo meio de acesso à informação"] (ALMEIDA, 2003, p. 104).
Em uma primeira análise, a partir dos argumentos expostos acima, podemos considerar as diversas maneiras de se contribuir para o aumento da disponibilidade de informações que tenham finalidades educacionais. Textos informativos, estudos, teses são facilmente arquivadas e organizadas na rede em sites acadêmicos ou não, que disponibilizam aos usuários o acesso ao seu banco de dados oferecendo diversas funcionalidades como filtros por palavra-chave, autor, data e várias outras opções. Os conteúdos também podem ser disponibilizados em sites educacionais específicos, como blogs, sites de hospedagem de mídias (áudio ou vídeo) como o Youtube, tornando a informação acessível a todos os usuários e de certa forma democratizando a educação. Desta forma, além de movimentar a engrenagem, o chamado "círculo virtuoso"; quanto mais usuários, maiores possibilidades de inovações e inovadores, atraindo cada vez mais trabalhos e talentos que vão trazendo mais inovações. Para que isso de fato seja possível, não podemos medir esforços para que a inclusão seja a mais abrangente possível. Se possível, investir em um dia anual ou semestral, como uma "Virada Digital" para uma avaliação a nível nacional, para lembrar os avanços com a qualidade devida ou a estagnação. Caso essa avaliação não aconteça, enxergaremos o mundo com lentes opacas ou inapropriadas. É uma teia gigantesca que além de empregar milhões de pessoas e alimentar sonhos que em moldes passados já não são mais possíveis. Sonhos que a sua engenharia ou o seu desenvolvimento

Imagem 1 – WEB e educação
podem chegar a conquista com a flexibilidade de tempo, distância e situações diversas.

Disponível em: <http://institucional.caed.ufjf.br/wp-content/uploads/2014/08/EAD.jpg>
O papel do professor passa a ser de colaborador para construir o conhecimento, diferente de antes onde era o detentor da informação. A rede ou ciberespaço está à disposição dos alunos para pesquisas, e a função do professor é de facilitador da aprendizagem: indica caminhos de matérias, de assuntos, pesquisas e propõe atividades. O conhecimento passa a ser construído e não transmitido, existe uma responsabilidade do aluno nessa construção e não somente do professor. Em consequência disto, a experiência de construção do conhecimento tem a vantagem de ser mais rico em informações e pode de acordo com o professor, ir além da programação pedagógica, como outros pontos de vista que surgirem em detrimento das pesquisas, alguma atualidade ou mudança recente, dentre diversas outras possibilidades.
Especialmente na Educação musical onde a referência de áudio e vídeo é muito enriquecedora, podemos dizer até essencial, quando se trata de mostrar diferentes timbres de instrumentos, interpretações musicais variadas de uma mesma música, diferentes períodos da música e suas instrumentações, pesquisas de vídeos no “Youtube” podem enriquecer bastante o repertório e referencia musical dos alunos. Essas pesquisas ultrapassam fronteiras de tempo e espaço, pode se pesquisar sons de outras culturas e outras épocas, o que não era fácil nos moldes de aulas que usavam apenas livros e suas ilustrações.
Neste contexto o aluno passa de receptor de informação para um agente ativo do aprendizado. Sua curiosidade também colabora para o complemento do seu aprendizado, podendo levá-lo além daquilo que lhe é proposto em aula. O interesse e curiosidade do aluno passam a ser combustível do seu aprendizado, tornando este processo eficaz e prazeroso.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALMEIDA, R. Q. O leitor navegador (III). In: SILVA, E. T. (Coord). A leitura nos oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 2003, p. 89-106.
FERREIRA, S.; BASTOS; R. Web 2.0 Recursos Tecnológicos e Formação. 2006.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. Cortez. Brasília, 2000.
PELUSO, Angelo. Org. Informática e Afetividade: A evolução tecnológica condicionará nossos sentimentos? Bauru: EDUSC, 1998.

VANDRESEN, Ana Sueli Ribeiro. Web 2.0 e Educação - Possibilidades e Uso. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5752_3325.pdf>.